Que frases você escutou de seus pais na sua infância que te marcaram?

Como seus pais reagiam quando você chorava ou aprontava? Que frases eles usavam para tentar te corrigir? Você tinha direito a expressar suas emoções? Sua opinião? Você tinha espaço para cometer erros?

Quantas vezes você escutou: “Engole esse choro”? Como você se sentia ao escutar isso? Certamente entendia que era errado chorar, que você estava falhando. Ou que você estava desagradando seus pais, portanto, para garantir o amor deles, você deu um jeito de controlar seu choro. Passou a conter sua angústia, a fingir que ela não existia. Você provavelmente concluiu algo como: “se eu expresso minhas emoções, sou rejeitada”, “mostrar o que estou sentindo incomoda os demais”, “deve ter algo errado comigo por sofrer com algo tão besta”, “chorar é feio”, “eu não posso ser eu mesma”.

É assim que nascem nossas crenças limitantes: através de conclusões equivocadas que tiramos de experiências de nossas vidas ou de frases que escutamos repetidas vezes e que ficam marcadas em nossa memória inconsciente. Sem querer, acabamos sendo guiados por estas frases, por mais que racionalmente as rejeitemos.

Como você lida com suas emoções hoje?

Você continua achando que é melhor não expressar suas emoções? Se sente mal com você mesma quando fica triste ou brava? Não se sente confortável pedindo ajuda? Se sente inadequada? Tem dificuldade de aceitar quando seu filho se comporta como você não gostaria? De repente começa a ouvir as frases que escutava na infância na sua cabeça, ou pior, a gritar as mesmas palavras pra ele? E se sente mal por isso?

Quando nos lembramos destas frases, ficamos ressentidas: como nossos pais foram capazes de nos tratar assim? Mas se olhamos a história de infância deles… aí o bicho pega. Vocês já conversaram com suas mães sobre a infância delas? Já repararam o quanto de dor, abandono, rejeição, desamparo, humilhação e violência fazia parte do universo infantil de nossas mães? Não é a toa que elas tiveram tanta dificuldade em ser amorosas conosco, não é fácil oferecer o que não nos foi dado.

Nossos pais não tiveram acesso às informações que temos hoje em mãos. Mesmo que tenham se esforçado para não ser tão duros, mesmo que tenham feito o melhor que podiam, eles acabaram repetindo o padrão de educação violenta que receberam.

Nós somos a primeira geração de pais que está aprendendo a respeitar e validar os sentimentos das crianças.

Somos a primeira geração de pais que está compreendendo que as crianças também são seres de direitos, quereres e opiniões. Criança não tem que crescer pra ser considerada gente, pra saber o que é melhor pra ela, pra opinar, entender as coisas, se expressar.

É maravilhoso que estejamos mais conscientes e empenhados em romper com esse padrão violento de educação, que nossos filhos estejam finalmente sendo vistos. Mas temos que entender que não é uma tarefa fácil, não basta só a força de vontade, a decisão racional. É preciso curar essas feridas, essas cicatrizes emocionais, do contrário elas vão acabar emergindo nos momentos de descontrole emocional e ditando nossas ações.

Quantas vezes você se assustou com a reação que teve com seu filho e se frustrou por ter agido em desacordo com o que acreditava?

Quantas vezes você reconheceu sua mãe nas suas atitudes e se decepcionou consigo mesma, ainda que tenha jurado que jamais faria o que ela fez com você?

Esse post foi possível por conta da colaboração de muitas mães (gratidão a todas) que compartilharam comigo as frases que elas escutavam em suas infâncias e um pouco do que sabiam das histórias de vida de suas mães.

Eu sugiro que você faça sua própria lista de frases e observe o quanto elas ainda ressoam dentro de você? Que conclusões você tirou delas e que se tornaram crenças limitantes pra você? Você acha que elas limitam sua forma de se relacionar e de se expressar ainda hoje? Até que ponto essas crenças te impedem de ser mais amorosa com seu filho?

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✍️: Maíra Soares (@cantomaternar), Mentora de Mães e Educadora Parental em Criação Consciente

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